
Pesquisa: Mahavidya
Recife, outubro de 2025.
Alcides Leão veio ao mundo em 19 de fevereiro de 1916, na pulsante Campina Grande, Paraíba, e encontrou no Recife, Pernambuco, o solo fértil para sua arte florescer. Faleceu em junho de 1993, deixando um legado que ainda ressoa nas ladeiras e corações do Nordeste. Músico de mão cheia, foi compositor, trompetista, maestro, arranjador e orquestrador, um verdadeiro mestre que dedicou sua vida a dar vida ao ritmo que é a alma do carnaval: o frevo.
No Recife, Alcides se tornou uma lenda. À frente do Jazz Band Acadêmico, ele comandava os bailes de carnaval no Clube Português durante os anos 1950, empunhando seu trompete com uma energia que fazia a multidão vibrar. Suas composições, mais de 50 ao todo, passeavam por diversos estilos, mas foi no frevo-de-rua que ele encontrou sua verdadeira paixão. Ele dizia que, ao criar, já enxergava o povo dançando, se espremendo pelas ruas estreitas de Recife e Olinda, ao som de suas melodias rasgadas e cheias de vida.
CRONOLOGIA
• 1916 - Nascimento em Campina Grande, Paraíba
• 1930 - Início dos estudos musicais
• 1940 - Integração ao Jazz Band Acadêmico como trompetista
• 1950 - Maestro e arranjador do Jazz Band Acadêmico no Clube Português do Recife
• 1960 - Consolidação como compositor de frevos-de-rua
• 1993 - Falecimento em Recife, Pernambuco, aos 77 anos.
PRINCIPAIS OBRAS
• 40 Graus de Frevo
• Bate-estaca
• Caprichado
• Deslizando
• Dose pra Leão
• Envenenado
• Gororoba
• Mordido
• Parada Dura
• Sobrados e Casarões
• Tiririca
FESTIVAIS VENCIDOS
Alcides Leão foi por diversas vezes campeão em concursos de músicas carnavalescas, destacando-se com seus frevos-de-rua que conquistaram o público e os jurados.
Festival de Frevo do Recife
• 1959 - Frevo-de-rua: Parada Dura
• 1964 - Frevo-de-rua: Tiririca
• 1965 - Frevo-de-rua: Gororoba
• 1974 - Frevo-de-rua: Bate-estaca
• 1975 - Frevo-de-rua: Mordido (seu maior sucesso, parte obrigatória do repertório de
orquestras de frevo no Brasil e no exterior)
LEGADO MUSICAL
Cada nota que Alcides compunha parecia carregar a essência do Nordeste: alegre, resistente e cheia de ginga. Seu trompete não apenas tocava, mas contava histórias, evocando a energia das multidões e a beleza das tradições pernambucanas. Seu legado é um convite eterno para dançar, celebrar e se encantar com o frevo, esse ritmo que pulsa como o coração do carnaval.
Pesquisa:
Mahavidya