Jones Jhonson

Jones Johnson

Pesquisa: Domingos Sávio - Maestro
Recife, junho de 2024.


Filho do músico e ferroviário inglês John Philip Johnson e da brasileira Ana Maria Fernandes Johnson, o clarinetista John Philip Johnson - 'Jones Johnson' - começou muito cedo a se familiarizar com instrumentos musicais, recebendo instruções de integrantes da Filarmônica 30 de Julho (extinta em 1911, conhecida como Jaguará), bem como de seu maestro, João Rabelo, no município do Cabo de Santo Agostinho.
Aos oito anos compunha valsas, dobrados e outros gêneros e aos dez já era primeiro clarinetista da banda.

Virtuose, saiu do Cabo para o Recife em 1921 e passou a atuar no Café Radiante, situado no pátio do Carmo. Através do saxofonista Ratinho (da dupla Jararaca e Ratinho), foi apresentado ao maestro Nelson Ferreira, passando assim a tocar na orquestra do Cine Teatro Moderno, que era regida por Nelson. Foi o mesmo maestro Nelson que o levou a participar da célebre orquestra da emissora Rádio Clube de Pernambuco (PRA 8).

Johnson foi um dos fundadores da Orquestra Sinfônica do Recife junto com outros professores como o maestro Vicente Fittipaldi e José Felipe dos Reis, pai de João Santiago.

Apesar de compor gêneros diversos, foi arrebatado pela complexidade técnica do frevo de rua, certamente por sua perícia de clarinetista habilidoso.

O mestre Jones transitou entre agremiações como Blocos das Flores, Apois Fum e Lira da Noite, junto a ícones como Felinho, João Santiago e Levino Ferreira, a quem considerava o rei dos compositores de frevo.

Atuou na regência da Banda de Música de Nazaré da Mata e era filiado à União Brasileira de Compositores.
Em 1961 recebeu o troféu do Clube do Compositor do Recife, pelo destaque obtido naquele ano como o melhor do gênero.

Apesar de divergentes publicações relativas à data e local de nascimento de Jones Johnson, registros cartoriais confirmam seu nascimento em 19 de junho de 1895, na residência de seus pais, então situada à rua Visconde de Pelotas, na sede do Cabo de Santo Agostinho.

Johnson faleceu em Recife em 15 de abril de 1972.
Em sua homenagem Edgar Moraes compôs o frevo de rua 'Recordações de Jones Johnson' (1974 LP Carnaval na Praça do Diário).



COMPOSIÇÕES

• A mamata é boa
• Agora é que eu quero ver
• Cabra da peste
• Dinheiro resolve tudo
• Está no papo
• Está tudo errado
• Homenagem a Levino Ferreira
• Não há problema
• Não adianta reclamar
• Ninguém dá jeito
• No fim dá certo
• O caldeirão está fervendo
• O salão está vazio
• Pergunte a Toscano
• Quebra, meu bem
• Só vai quem tem bom
• Só é rei quem quer
• Você sabe
• Tudo pode acontecer.



Fonte:

• Acervo Fonográfico do Museu do Frevo Levino Ferreira
• Acervos do CEHIBRA - FUNDAJ
• MISPE (Fundarpe). C MARA, Renato Phaelante da. 100 Anos de Frevo: Catálogo Discográfico. Recife: CEPE, 2007.


Jones Jhonson

Músicas:


Arlequim