Recifense, nascido em 21 de outubro de 1942.
Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE.
Meu despertar para a música carnavalesca ocorreu desde a infância. Quando meus pais me levavam para ver os desfiles, que até aquele momento ocorriam na Rua da Imperatriz, Rua Nova e Primeiro de Março, que eram as vias principais do Centrodo Recife.
Algumas vezes fui ao corso que ocorria na Avenida Guararapes. Porém minha “ligação” com os desfiles das agremiações carnavalescas deve-se à admiração que em mim despertou a persistência dos componentes das agremiações populares. Pessoas humildes, que extenuadas depois do desfile, principalmente dos Blocos Carnavalescos Mistos, mostravam a felicidade de estarem ali depois dos aplausos do público que os viam desfilar. Os frevos que eram executados pelo serviço de som, em todo o percurso, eletrizavam a todos que assistiam àqueles desfiles.
Após a adolescência tive o desejo de aproximação com os blocos carnavalescos mistos - BCM, atraído principalmente pela criatividade na criação das suas fantasias e pelas disputas musicais. Até que em 1962 houve a grande querela entre o Madeiras do Rosarinho e o Batutas de São José. Surgindo então a famosa música “MADEIRA QUE O CUPIM NÃO RÓI”, autoria de Lourenço da Fonseca Barbosa, conhecido pelo apelido “Capiba”. É uma das músicas mais tocadas no carnaval de Pernambuco, e pelos símbolos nela expostos a elegi para o meu Trabalho de Conclusão de Curso, resultando na Monografia “Madeira que cupim não rói - imaginário do carnaval recifense".
Hoje faço parte do Museu do Frevo “Levino Ferreira”, e outros grupos ligados à divulgação do Frevo. Autor de nove composições gravadas pelo CEMCAPE e uma considerável bagagem de conhecimento a respeito do FREVO, adquirida através da convivência com vários compositores, arranjadores, maestros e consultas ao acervo musical do CEMCAPE.